Morre-se de muitas maneiras...Mesmo andando pela estrada com olhos de esmeralda partida.
Mesmo com um machado plantado em minha cabeça dividindo-a em partes confusas.
- Ele disse adeus:
em muitas bocas,
com muitas vozes,
com muitos hálitos.
Sopro gelado invadindo a alma
Não sei perder, perdão.
Não consigo acenar enquanto se vai...
Você gostaria que eu lhe acenasse?
Você exultaria se eu ficasse com os olhos cheios de mágoa enquanto escolhe um caminho avesso ao meu?
Gostaria de me apaixonar doentiamente por alguém, mas quando vejo que isso vai acontecer, pinto quadros com figuras estranhas e confusas, somente para sentir medo e fugir.
Sou boa em desculpas, minto pra mim o tempo todo.
A verdade, a verdade mesmo é que nunca, nunca tive coragem de me apaixonar.
Sempre mantive relacionamentos meio de longe, de onde eu pudesse ter controle,
mas as máscaras caem durante o baile.
Caem como gotas de chuva...Como mantê-las?
Minha vida passou, passou tão depressa, sinto que perdi tanto tempo. Ele se esvai rápido.
Não seguro a areia da ampulheta, ela escorre por meu corpo, me queimando como ácido.
Eu esqueço. Tenho tanta facilidade de esquecer pessoas. Uma simples mágoa, e as apago inteiras. Por que sou assim?
Quantos anos eu vou viver? Quantos minutos me restam de sanidade?
E sabe, lá fora está escuro, mas vai amanhecer.
Sabia? Vai amanhecer um dia...
E eu estarei aqui, ainda esquecendo fácil demais.
Ainda esperando um grande amor (mesmo que platônico, mas um grande amor).
"Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure".
Acho que passo muito tempo sozinha...
Hoje, quando
me deito pra dormir,
ensaio a morte,
sem sonhar...
Sem sonhar!
*
*
3 comentários:
Amei este texto, lindo, lindo...
beijo
Muito bom teu cantinho, Poeta ! Obrigada por teu carinho. Beijos.
Minha querida
Maravilhoso poema...Lindo.
Hoje, quando
me deito pra dormir,
ensaio a morte,
sem sonhar...
Sem sonhar!
Muito belo
Beijinhos
Sonhadora
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